MR. TRUMP CONTRA
O IMPÉRIO DO CAOS
Em artigo passado externei algumas opiniões a respeito das eleições municipais que acontecerão em breve no Brasil. Nessa mesma linha, compartilho agora algumas reflexões sobre as eleições majoritárias norte-americanas que serão realizadas em meados de novembro próximo.
Alguém pode questionar: o que nos interessa a política dos EUA? Ora, em primeiro lugar trata-se da maior e única superpotência do planeta. Tudo o que acontece lá deveria nos interessar, pois afeta a nossa vida em muitos aspectos. Um segundo motivo é que esse país está no mesmo hemisfério que o nosso e com ele compartilhamos muitos valores da civilização judaica-cristã-ocidental.
Outros podem insistir no questionamento: com tantos problemas a se debruçar aqui no Brasil, vale mesmo a pena gastar tempo pensando nos Estados Unidos da América do Norte? Respondo que sim, por questões de geopolítica, estratégia e devido preparo para o futuro que nos aguarda.
A pior coisa para qualquer analista político é queimar a língua ao dar um palpite errado. É algo, porém, que se faz com coragem após uma análise apurada. Tenho para mim que a reeleição de Donald Trump é certa. Novamente não se pode confiar na mídia e em suas pesquisas. Quase todas são fakenews. Os EUA não se resumem à esquerda-caviar da Califórnia, às estrelinhas de Hollywood e muito menos aos modernosos nova-iorquinos. Nos rincões do Texas, no isolamento do Iowa e nos confins do Missouri, muitos cidadãos norte-americanos preferem reeleger Trump.
O mundo todo, literalmente, tenta impedir que Mr. Trump permaneça na Casa Branca. Há quem diga que esta pandemia foi fabricada pela China para desestabilizar a economia norte-americana e fazer o atual presidente perder seu maior trunfo: a colossal recuperação econômica dos últimos anos. Não deu certo, pois a economia de lá é muito mais ágil do que a de cá. Em termos econômicos, os EUA são capazes de realizar verdadeiros milagres, quebrando muitas previsões.
A esquerdalha norte-americana, representada pelo Partido Democrata, também chamada de "liberals", não se conforma. Trump já sofreu várias tentativas de impeachment baseadas em fumaça, tem quase todo o noticiário nos seus calcanhares e qualquer coisa é motivo para se iniciar uma campanha de demonização. Há quem diga que os protestos do "Black Lives Matters" também foram pensados para desestabilizar a gestão de Trump, que ficaria perdido em meio ao caos social.
É justamente este o perigo: sabendo que vai perder o jogo, a esquerda norte-americana fará de tudo para tumultuar o meio-campo, embolar o jogo e ganhar no tapetão ao não admitir derrota. Há quem pense que, com a reeleição de Trump, os problemas terão acabado. Ledo engano. Os democratas e seus asseclas não engolirão facilmente, pela segunda vez seguida, o topetudo laranja sentado feliz na cadeira presidencial.
Guerra cultural e midiática, turbulência político-econômica, muita desinformação e nervos à flor da pele: eis o que veremos nos próximos meses quando olharmos para o cenário norte-americano. E como isso pode nos afetar? Principalmente em relação à economia, com muita instabilidade no preço do dólar e na bolsa de valores, que impactam diretamente a economia brasileira tanto nas importações quanto nas exportações.
A prudência, que é um dom, manda todos ficarmos atentos. Não apenas financeiramente, pois o brasileiro pensa no bolso mais que tudo. Sejamos prudentes ao presenciar e averiguar os fatos, sem cair em julgamentos precipitados e principalmente sem acreditar, como bobocas, na primeira coisa que nos é dita pela mídia com suas fakenews. Tenhamos, também, muita coragem e esperança. Pois um caos, mesmo que instalado, tem dia e hora para durar. Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe.
Amém.
(Pe. Sala é jornalista e escritor, professor e teólogo, membro da Academia Ituana de Letras)