MINHAS MÃES
Ninguém faz sucesso sozinho, ensinou o grande Seu Tuta (ícone da Rádio Jovem Pan). Por trás de um grande homem ou de uma grande mulher, há inúmeras pessoas que colaboram para o sucesso de alguém. O sucesso não pode ser verdadeiramente avaliado externamente. É algo interno. A própria pessoa, no íntimo da própria consciência, sabe se faz sucesso ou não.
Fazer sucesso é ser bem sucedido. Modéstia à parte e agradecendo muito a Deus por isso, considerando a minha história, julgo-me bem sucedido. A avaliação é minha e essa ninguém pode alterar com propriedade. Com humildade, sempre é necessário constatar que o sucesso da gente veio com o auxílio de muitas pessoas.
Várias dessas são o que chamo de minhas mães. Tenho a Dona Nair, que me trouxe ao mundo e me presenteou com o dom da comunicação e da veia artística, que ela também sempre teve. Tenho a Dona Bene e a Dona Maria do Carmo, que me educaram na escola e são exemplos de mestras que carregarei eternidade afora. Tenho a Dona Claudete, a Dona Fátima a Dona Marilene, a Dona Alba, a Dona Ana Regina, a Dona Cida, a Dona Rita, a Dona Teresinha, a Dona Eva, a Dona Marilene, a Dona Virgínia, a Dona Aurélia, enfim.
O dito popular afirma que "mãe, só tem uma". Sorte a minha, ter tantas mães! Cada uma é um exemplo. Cada uma tem um papel na minha história. Cada uma ensinou valiosas lições que aprendi na escola da vida. Cada uma me ajudou, rezando e torcendo por mim. Foram o porto seguro, o ombro amigo, o ouvido para os desabafos. Foram a palavra sábia e o conselho certeiro, o afeto e o bem-querer que só uma criatura perfeita como a mulher sabem externar.
Foram e ainda são! Graças a Deus, ainda convivo com todas as minhas mães nesta terra. Espero, um dia, continuar esse convívio tão terno na eternidade também. Mas sem pressa: o futuro a Deus pertence. Não caio nessa coisa comercial e protocolar de presentear no Dia das Mães. O grande presente desejado por uma mãe, seja ela biológica ou adotiva, é mostrar-se uma pessoa digna, com valores morais e fé.
Meu presente para as minhas mães? Procuro dá-lo diariamente, vivendo de forma honrada e de acordo com os valores do Evangelho. Sei que, algumas vezes, pisei na bola... Igual a todo filho, aliás. Porém, sei também que o amor materno sempre supera qualquer mágoa e que somente o perdão divino pode ser colocado acima do amor materno. Uma mãe de verdade perdoa tudo, tudo mesmo.
Agradeça a Deus, de joelhos, pela mãe que lhe foi dada nesta terra. Agradeça, também, pela Virgem Maria, a Mãe do Céu que o Cristo entregou de presente à humanidade. Agradeça se você também tem a dádiva de acolher na sua vida mais de uma mãe, o que é uma graça mais que especial.
A maioria deseja um feliz Dia das Mães. Eu? Não. Eu desejo vários, vários felizes dias para as minhas mães. E que essa felicidade seja diária e eterna, justamente como é o amor de uma mãe.
Amém!
(Pe. Sala é jornalista e escritor, professor e teólogo, membro da Academia Ituana de Letras)