ESQUIZOFRENIA COLETIVA

A doença mental conhecida como esquizofrenia deve ser levada muito a sério. Quando manifesta sua forma crônica, é incapacitante. Seus primeiros sintomas surgem na adolescência ou no início da fase adulta, entre os 20 e os 30 anos de idade. No Brasil, segundo algumas estimativas, há cerca de 1,6 milhão de esquizofrênicos. Não existe cura, apenas tratamento. Este deve ser contínuo, ou seja, por toda a vida será uma constante para o enfermo, seus familiares e amigos.

Tomei o cuidado de tecer essas considerações iniciais (um bom "nariz de cera", como se diz no jargão jornalístico), para deixar bem claro que abordo seriamente a questão e que me solidarizo com todos os que padecem de tal enfermidade. Porém, há tempos o Brasil sofre de um outro tipo de esquizofrenia, tão grave quanto a primeira: a esquizofrenia social.

Uma visão geral afirma que a esquizofrenia "afeta a capacidade da pessoa de pensar, sentir e se comportar com clareza". É justamente o que vem acontecendo com brasileiros e brasileiras de todo tipo, sem poupar nenhum segmento das diversas classes sociais. Não estão livres dela os pobres e tampouco os endinheirados. Pessoas muito estudadas e esclarecidas, caem nessa doença social. Há muitos que a têm, sem perceber.

A esquizofrenia coletiva é construída à base de muita engenharia social, afetando a população de cima para baixo. A tendência da sociedade governada é acatar o que indicam os governantes. Algo inédito em todas as eras, estamos vivendo em tempos obscuros nos quais muitas pessoas aceitam cabrestamente a imposição de ordens absurdas, sem nexo algum e distantes da mais simples lógica prática.

O estudo do comportamento humano há tempos sabe como transformar um grupo de pessoas em gente confusa e incapaz de raciocinar. Basta repetir com eles a experiência feita certa vez com camundongos. Era assim: colocando-os numa gaiola de vidro, deixava-se um pedaço de queijo em cada canto; se o ratinho comia o da esquerda, tomava um choque; se comia o da direita, ganhava outro pedaço.

Assim acontecia durante alguns dias e, sem mais nem menos, de repente invertia-se a ordem das coisas. Completamente condicionado, o ratinho passava então a levar choque ao se alimentar do lado direito, encontrando a recompensa no lado inverso. Confuso, o camundongo levava vários choques e sofria, até se adequar ao novo costume. E viveria feliz para sempre, certo? Errado. De tempos em tempos a ordem era invertida novamente, de modo a manter o ratinho num estado permanente de confusão e insegurança.

É o retrato da sociedade atual, colocada na gaiola de vidro do cientificismo e cada vez mais confusa com as ordens e desordens que as ditas "autoridades" fazem questão de inverter e desinverter a cada momento. A pandemia estabelecida no último ano somente agravou e deixou mais evidente o estado permanente de esquizofrenia coletiva que sofrem as sociedades mundo afora.

Qualquer pessoa que conhece um ciclo viral sabe que, após adquirir tal doença, torna-se imune, ou seja, incapaz de receber ou transmitir novamente a moléstia. Mesmo assim, obriga-se a pessoa a permanecer trancada em casa. Pra quê? Para deixá-la esquizofrênica.

Não há consenso científico quanto à eficácia do uso de máscaras, a maioria delas fabricada tão vagabundamente que chega a dar vergonha em qualquer pessoa que se diga conhecedor das regras básicas da ciência. Mesmo assim, obrigam a todos o uso de máscaras. Pra quê? Para dar uma falsa sensação de segurança e um certo grau de esquizofrenia.

A salvação da lavoura, segundo os cientificistas, está nas vacinas. Pois bem: uma vez vacinada a pessoa pode voltar à vida normal, certo? Errado. Mantém-se o clima de terror, falando de "reinfecção" (7 em cada 100 mil pessoas), novas "cepas" e "variantes". Em resumo, vacinar-se não adianta na prática se a tal vacina não torna a pessoa imune à doença.

Com essas e outras armações é que se transforma uma sociedade em uma geração de pessoas esquizofrênicas, incapazes de raciocínio lógico, cheias de pavor e completamente servis aos ditadores de plantão. Gente apavorada, paranóica e sem fé, cuja única preocupação é a preservação a qualquer custo, mesmo que o custo seja tornar-se um escravo trancado em casa. Isso sim é doença, pois acaba com o verdadeira vida em sociedade.

Há cura para a esquizofrenia coletiva? Sim, mas esta depende de cada indivíduo. É preciso que cada um deixe o medo irracional de lado e coloque as coisas em seu devido lugar. É preciso um tanto de sangue frio e racionalidade. Tratar a pandemia com seriedade e tomar os cuidados necessários, principalmente por parte daqueles que estão realmente no grupo de risco, é questão de lógica pura. Porém, deixar-se dominar como um ratinho engaiolado não trará bem algum para a sociedade.

Aos que preferirem continuar na esquizofrenia coletiva, basta que usem três máscaras, uma sobre a outra, litros de álcool-gel por dia, tomem oitenta vacinas e continuem bem trancados em casa, impedidos de trabalhar e de rezar, aguardando as esmolas do governo.

Deus nos ajude a libertar a sociedade brasileira!

Amém!

(Pe. Sala é jornalista e escritor, professor e teólogo, membro da Academia Ituana de Letras)

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